quinta-feira, 18 de março de 2010

Muitas coisas vem acontecendo nesse período aparentemente inerte da minha vida...
Pode que eu não esteja saindo nas noites de sexta-feira. Pode que eu não esteja aproveitando as férias fazendo viagens e explorando os confins do universo. Pode que eu esteja 'perdendo' meu tempo trancada em casa, ou seja, fazendo tudo como sempre fiz.
Pois é!
Mas ainda assim estão acontecendo coisas. Ultimamente, perguntas ficam matutando na minha cabeça. Perguntas aparentemente inúteis, mas que me perturbam ao ponto de eu necessitar uma resposta coerente e que me satisfaça positiva ou negativamente.
Hoje li um texto. Um livro, na verdade. Não importa o título, nem o autor. Muitos julgam títulos e autores e por consequência não dão o devido valor à coisas que deveriam ser valorizadas. Pos bem, as palavras que eu li me fizeram refletir por um instante e levantaram em algum ponto do meu espírito aquela coisa que a gente perde quando cresce: a vontade de saber.
Por que o céu é azul?
Por que chamamos o laranja de laranja e o verde de verde? Por que não o contrário?
Esse tipo de questionamentos, mas não exatamente nesse âmbito. Algo mais cerca do autoconhecimento e da espiritualidade (não como doutrina nem religião, e sim como analisar o ser e não o exterior), enfim...
Me irrita tanto que julguemos as pessoas e coisas como 'bonito' e 'feio'. Me irrita profundamente. Muitíssimo. Me irrita que nos olhemos no espelho e pensemos: como tenho olhos bonitos! Como meu cabelo está feio. Minhas unhas estão curtas e etc, etc, etc.
Por que demônios nos olhamos no espelho a final?
Por que damos tanta bola pra uma imagem? Uma imagem projetada, uma imagem que criamos, que nem existe realmente. Por que nos apegamos tanto às ilusões?
Seria um defeito humano que vem de fábrica?

sábado, 13 de março de 2010

Seguirei vendendo lembranças para dormir...

Existem dias assim, que parecem sem cor. A maioria dos meus dias são assim.
Eu queria saber como pintá-los. Queria que alguém me desse o pincel e a palheta de cores e que se oferecesse pra me ajudar a desenhar as estrelas num céu nublado... Queria que depois de acabado, esse alguém deitasse comigo no piso frio pra observar as estrelas. Não importa que sejam apenas pinturas, porque assim, elas não vão embora quando o dia amanhecer e assim não precisarei recorrer o céu escuro todos os dias buscando a minha estrela mais brilhante. Ela estaria sempre ali, ao alcance das minhas mãos.

Eu queria que fosse assim, mas assim seria simples e talvez o simples também seja triste.
Talvez a vida seja mesmo isso: ter que buscar a estrela brilhante todas as noites e vê-la ir embora quando a enorme estrela solitária aparece para iluminar o dia.





*Tinha postado esse texto no outro blog, mas como exclui o outro, reposto :)

quinta-feira, 11 de março de 2010

"Un día especial este 11 de marzo...



Porque passarão 10 anos e eu vou seguir ouvindo essa música sem cansar, e ela seguirá me arrepiando assim como há quase três anos, quando eu a escutei pela primeira vez...
Porque mesmo doentinha, Leire canta essa música com esse sentimento especial que me transporta a esse trem, a esse vagão, ao 11 de março de 2004 que eu vivi tranquila enquanto centenas de pessoas morriam em outro ponto do mundo por causa do terrorismo que ainda assola esse planeta :~ Enfim... E porque hoje, 6 anos depois, volta a ser Jueves, 11 de marzo, Quinta-feira, 11 de março.

...me tomas la mano y llegamos a un tunel que apaga la luz..."

segunda-feira, 8 de março de 2010

Everybody Lies...

"É errado mentir."
Aprendemos isso desde pequenos.
A maioria das personalidades é formada sob esse ensinamento.
Entretanto, não demora muito pra descobrirmos que a frase que coincide com a realidade está mais pra "Mentir em algumas ocasiões se faz necessário."
Mais uma das inúmeras contradições da sociedade...
E você me pergunta: quer dizer que você é a favor da mentira?
E eu respondo: não... não exatamente.
É que a questão, talvez, não seja a mentira em si, e sim a maneira como você lida com ela. Infelizmente, viver -"confortavelmente"- em sociedade implica em aceitar as mentiras dos outros e implica também em aprender a mentir.
Se você odeia seu chefe, você pode dizer isso a ele, mas se seu chefe não souber como processar essa informação como sendo uma opinião sua e não levar pro lado pessoal, provavelmente você terá que dizer adeus ao seu emprego, ainda que seu chefe tenha sido criado baixo os mesmos principios que você, ou seja, ele também sabe que, supostamente, a verdade sempre deveria prevalecer.
E talvez aí esteja o ponto. Talvez o ponto não seja a mentira, mas sim a verdade.
Ora, a verdade como tudo nessa vida é relativa por demais!
Algo pode ser verdade pra mim, por exemplo, eu posso achar meu chefe um pé no saco. Mas pro meu colega ele pode ser um deus!!! Aí minha verdade passaria a ser mentira para o meu colega...
Definitivamente, não há verdade universal e definitivamente acreditar somente que a própria verdade é a correta é um ato de egoísmo absurdo!!!
Então, será que tanto a mentira quanto a verdade não teriam o mesmo "poder destrutivo"?
Se existem as mentiras brancas, haverão de existir as verdades negras ...

Não sei por quê, mas não consigo parar de pensar nisso...

quarta-feira, 3 de março de 2010

I feel good!

Minhas férias estão perto, relativamente, do fim... Não tenho muitas expectativas, nem boas nem ruins, para o começo das aulas. Será um mundo totalmente novo pra mim em diversos aspectos...
Agora, nas minhas, quizás, últimas noites de insomnio*, percebi que escutar o ronronar do meu gato enquanto eu afago a barriga dele me faz sentir tão bem... Fechar os olhos e escutar o barulho lá fora dos carros no asfalto, os ruídos do chuveiro do vizinho, até as atividades paranormais dos corredores da casa... Tudo isso é vida. A vida que eu nego tantas vezes por dia. Sou bem ingrata mesmo, admito. Mas acho que ter consciência disso já é um enorme passo.
Acho que, como não é raro, essas linhas já estão perdendo o sentido pra quem está lendo. Acontece que tem tanta coisa na minha cabeça que eu não sei direito por onde devo começar. É assim o tempo todo. Os pensamentos se atropelam na minha mente durante as 24 horas do dia e não param enquanto eu estou dormindo. Não tem uma noite em que eu não sonhe. E eu sempre me lembro dos sonhos. Há vezes em que eu escrevo eles em um papel logo de acordar. Gosto de esquecer eles ali no caderno e depois de um tempo voltar a ler e me lembrar das cenas...
Eu reclamo tanto de tudo. Reclamo por puro vício, por puro capricho. Esqueço de como tem coisas que me fazem feliz, nem que seja por míseros minutos.
Eu deveria estar agradecendo por estar sã e salva enquanto o mundo está desmoronando devagarinho lá fora. Eu deveria agradecer por estar aqui em vez de acordar todos os dias com meu mau humor peculiar.
É, eu deveria. Acho que preciso colocar isso em primeiro lugar na minha lista de prioridades -depois que eu criar uma, claro...

O que te faz feliz?


* a palavra "insomnio" está escrita em espanhol pelo simples fato de que assim ela me faz sorrir :)